A Ordem dos Templários em Portugal: Entre a Lenda e a História
Quando se fala dos templários, logo imaginamos cavaleiros de armadura reluzentes, cruzadas épicas e segredos guardados a sete chaves. Mas em Portugal, a sua história é mais do que lenda — é parte essencial da formação nacional.
Chegaram por ali no início do século XII, trazidos da Terra Santa pelas promessas de terra e proteção. D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, viu nos templários não apenas guerreiros, mas aliados estratégicos na luta contra os mouros. Deu-lhes defesas, vilas e até o castelo de Tomar — hoje um dos símbolos mais fortes da sua presença.
Aliás, Tomar é uma cidade que respira memória. Quando caminhamos pelas pedras gastas do Convento de Cristo é como ouvir histórias de séculos passados e as misas em latim, iluminados sobre a luz de velas. Há algo quase místico nisso tudo, mas também muito humano — homens de fé e espada, com dúvidas, ambições e certezas que moldaram um país ainda menino.
Quando a Ordem do Templo foi dissolvida na Europa toda, lá pelo começo do século XIV, Portugal fez o que só um reino jovem e teimoso faria: inventou uma nova ordem, a de Cristo, mantendo viva a herança templária sob outro nome. Foi um golpe de sobrevivência política e simbólica.
Hoje, nos restam aquela sensação estranha de que nem tudo foi contado. Talvez seja isso que torna a história dos templários tão humana: o espaço entre o que conhecemos e o que imaginamos.
13/06/2025
OSTINHO
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